O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) criticou o governo de Jair Bolsonaro (PL) nesta quinta-feira (14), mesmo sem citá-lo nominalmente. “O Brasil está aqui unido nesse momento grave onde nós temos um governo que odeia democracia, um governo que tem admiração pela tortura, que faz o povo sofrer”, disse o ex-tucano.
Ele esteve com o ex-presidente Lula (PT) em um encontro com representantes de centrais sindicais realizado em São Paulo. O evento marca a estreia da agenda política da chapa que vai disputar as eleições de outubro.
Alckmin foi chamado diversas vezes de companheiro. Ele usou o palanque para relembrar o período ditatorial no país e tentar se aproximar dos sindicalistas. Em suas palavras, a luta sindical “deu ao Brasil o maior líder popular deste País: Lula”.
“Quando tentaram tirar o direito dos trabalhadores, o mundo sindical se reorganizou e ampliou sua presença nas indústrias, na cidade, no campo. (…) Quando o Brasil precisava de uma Constituição cidadã, lá estava Lula, Ulysses [Guimarães], Florestan Fernandes, Mário Covas e Fernando Henrique [Cardoso]”, disse.
O ex-governador de SP também falou que o país sofre atualmente com o desemprego, a fome e a inflação. Disse aos sindicalistas que vai “somar o meu esforço pequeno, humilde, mas de coração e entusiasmo em benefício do Brasil. À luta de vocês”.
A indicação do ex-governador de São Paulo para compor a chapa de Lula como candidato a vice-presidente foi aprovada nesta quarta-feira (13). Desde o início do ano, Lula e Alckmin alinharam os discursos e passaram a se reunir em jantares e eventos públicos. A pré-candidatura de Lula para o Planalto será oficializada no dia 7 de maio.