Enquanto estudantes de universidades nos EUA mostram apoio a Gaza por meio de protestos, palestinos agradecem e Israel pede medidas severas
Em Gaza, os palestinos têm expressado gratidão pelos manifestantes pró-Palestina dos EUA. Em campos de refugiados, crianças foram vistas segurando cartazes com nomes de universidades americanas e mensagens de agradecimento pela solidariedade. Nadia Al-Dibs, uma mãe em Deir al-Balah, expressou sua gratidão aos estudantes por seu apoio e pelos apelos ao cessar-fogo, destacando o impacto positivo da solidariedade estrangeira em contraste com a falta de apoio das populações árabes.
Nos EUA, essas manifestações em universidades ocorrem em um contexto de controvérsia crescente, exacerbada pela guerra de Israel contra o Hamas, que começou em 7 de outubro. Os protestos, que já duram semanas, pedem o fim dos ataques a Gaza, que resultaram em mais de 34 mil mortes, de acordo com o ministério da Saúde palestino.
Por outro lado, críticos argumentam que algumas manifestações cruzaram a linha para o antissemitismo. O Embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, em um discurso na Assembleia Geral, criticou as manifestações, descrevendo-as como influenciadas por agitadores externos e sugeriu a expulsão de estudantes e ações severas contra professores e reitores envolvidos.
Nos EUA, algumas universidades endureceram suas políticas em resposta aos protestos, uma medida aplaudida pelo ex-presidente Donald Trump como “uma coisa bonita de ver”, especialmente mencionando a Universidade de Columbia.
Em um gesto de solidariedade, a Universidade de Shiraz, no Irã, ofereceu bolsas de estudo a estudantes nos EUA e na Europa que forem expulsos por participarem dos protestos. Este oferecimento vem em um momento delicado, logo após uma votação no Conselho de Segurança da ONU sobre uma resolução para reconhecer um Estado palestino, que foi vetada pelos EUA.