A população cobra a conclusão das obras da passarela que liga o metrô à estação São Gabriel, na região Nordeste de Belo Horizonte. A demora tem tirado o sossego dos moradores que precisam passar pelo local. Teve gente que até caiu e outros que preferem andar mais um pouco por segurança. As obras vão fazer com que o metrô deixe de circular por uma hora neste domingo (13).

“Chega a ser um constrangimento esta obra. Tem um tempo e nada anda. O nosso pedido é para que os responsáveis façam a obra o mais rápido possível. A população está fazendo o investimento, pois pagamos IPTU e os demais impostos, mas quando precisamos do retorno não temos”, desabafa o pintor Arley Alves, de 42 anos.

A catadora de materiais recicláveis Rosângela Rosa, 50, sempre passa pela passarela e se machucou em uma das vezes. “Caí de costas carregando uma cesta [básica]. Escorreguei no madeirite e a situação só não ficou mais grave porque os populares me ajudaram. Acredito que eu não tenha sido a única pessoa a cair”.

Para evitar as quedas e, consequentemente, lesões, Maria das Graças, 70, conta que prefere não passar pela passarela. “É muito perigoso passar por ali. Tenho medo e dou a volta. Acho melhor e mais segura andar um pouco mais. Torço para que a obra fique pronta o mais rápido”.

Mudança nos planos

A partir do meio-dia está previsto para acontecer manutenção na passarela, entre as estações São Gabriel e Primeiro de Maio. Até as 13h, o metrô não vai rodar nas estações São Gabriel, Primeiro de Maio, Waldomiro Lobo, Floramar e Vilarinho. “A suspensão da operação neste período será nos dois sentidos”, informou a CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos).

A auxiliar de serviços gerais Edimara Anunciação, 23, vai precisar trocar o metrô pelo ônibus devido à suspensão do tráfego. “Estou olhando aqui o que vou precisar fazer para chegar até meu compromisso. Domingo ônibus demora mais e metrô é essencial porque é mais rápido o deslocamento”.

Ela também questiona a demora na conclusão das obras da passarela. “Toda obra feita aqui na região demora, mas essa está demais. Quando chove e nos horários de pico a situação fica ainda pior”, conta.

O morador Paulo Reis, 47, comenta a “bagunça” que está na passarela por conta das obras. “A população precisa disso aqui o mais rápido possível. Ficam enrolando e é complicado. Não temos segurança nenhuma”, desabafa.

A reportagem procurou a PBH (Prefeitura de Belo Horizonte), mas ainda não recebeu retorno do Executivo municipal.

Fonte: Uai


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