Por Geraldo Elísio (Jornalista)

Democracia é o regime de governo cuja origem do poder vem do povo. Em um governo democrático, todos os cidadãos possuem o mesmo estatuto e têm garantido o direito à participação política. Um dos aspectos que define a democracia é a livre escolha de governantes pelos cidadãos através de eleições diretas ou indiretas”.

Foi o que ocorreu no último dia 30 deste mês diante de uma expectativa favorável do mundo. Nunca neguei ser um anarquista filosófico, porém entre a ausência de governos e autoritarismos de quaisquer matizes a minha consciência cidadã me levou a ser vitorioso.

A noite do último domingo foi alegre como há muito tempo eu não via, havendo inclusive respeito por parte de quem se frustrou em face de suas expectativas. Querendo ou não, gostando ou não, eles são parte da festa democrática. Porém o resultado não aconselha pensamentos contrários ao repouso.

Enquanto a humanidade não for a sua plenitude conscientizada de sua fragilidade, do destino irrevogável de sua finitude e fragilidades a paz e a harmonia em sentido lato senso continuarão a disputar domínios que sem nenhuma delonga se abatem face ao natural acrescido de empáfias, egoísmos, voluntarismos e dificuldades em aceitar mazelas de vários naipes a ofuscar a beleza da vida.

Os homens e mulheres, passadas as eleições, continuam homens e mulheres, e assim sendo continuam mortais, incapazes – por maior poder ou dinheiro que ostentam – prever pelo menos uma data – ainda que fictícia – para o fim das jornadas de cada um. Sequer sabem qual o traje e o instrumento a Dama da Foice usará na hora final de cada um.

A dana temida não se importa com as preocupações de ninguém. Por isso chega sem aviso e sem avaliar consequências.

Cristo, em minha opinião e da Zélia Gattai, um anarquista, talvez por isso mesmo tenha pedido ao Pai Dele para perdoar a todos por não saberem o que fazem o que ele constatou in vivo. Da mesma forma como identificou espertalhões de vários níveis, principalmente certos indivíduos a serem como representantes. Dele, sendo necessário chicote para desocuparem lugares. A Bíblia elimina dúvidas.

Outros aspectos podem ser corrigidos com um mínimo de informações e, paradoxalmente pelo elementar exercício da observação comparativa de métodos e costumes face às pregações e pleitos, o que tem validade em todos os âmbitos. Porém isto é questão a ser pensada.

Importante agora é que cada um de nós valorize a paz e saber próprio exorcizado de preconceitos pueris e contraditórios as fez largamente anunciadas. Se isto ocorrer é possível pelo menos começar a acreditar que tudo pode dar realmente certo. Indiferentes a regiões, crenças e cores. Somos todos iguais e relativos ao futuro sabemos apenas que em hora incerta não saberemos de mais nada.