Os metroviários que atuam em Belo Horizonte se reúnem na terça-feira (13), em uma assembleia que pode definir os rumos da greve do metrô, que completa 20 dias amanhã. O sindicato da categoria é contra o processo de privatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), cujo edital de concessão deve ser publicado ainda neste mês.

O Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro-MG) denuncia que o processo de privatização do metrô, aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no mês passado, pode resultar na demissão de 1,6 mil funcionários concursados que atuam na CBTU. A contraproposta feita pelo Governo Federal inclui um plano de estabilidade de 12 meses para esses trabalhadores.

A expectativa é de que a greve se estenda até o fim do processo de privatização. De acordo com o presidente do Sindimetro-MG, Daniel Glória Carvalho, neste momento não há nenhuma negociação em aberto com o Governo Federal e nem com a CBTU.

A reunião dos metroviários acontece às 17h30, na Estação Central. Caso optem por manter o movimento, o metrô deverá seguir a atender o público com apenas 60% da capacidade, em uma escala mínima definida pela Justiça.

Greve em números

Um balanço divulgado pela CBTU aponta que o número médio de passageiros em dias úteis – que é de 100 mil usuários por dia – caiu cerca de 12% desde o início da greve dos metroviários.

Quem usa o metrô diariamente reclama da lotação dos trens devido aos horários reduzidos. Por conta da greve, os intervalos entre trens em dias úteis é de 9 minutos nos horários de pico (das 6h às 8h30 e das 16h30 às 19h) e 25 minutos nos demais horários.

Aos sábados, os trens operam com intervalo de 20 minutos até 12h (meio dia) e 25 minutos após este horário. Aos domingos, o intervalo entre trens é de 32 minutos, durante todo o dia.

 


Paola Tito