Por Geraldo Elísio (jornalista, escritor, crítico de artes e artista multimídia)

Sendo um crítico de artes, com minhas atividades neste setor interrompidas ao longo da pandemia, ter assistido no Sesc Palladium, em Belo Horizonte, no último dia 24 deste mês que chega ao fim, justifica plenamente o título escolhido para definir o belíssimo show promovido pelos artistas pernambucanos Almerio & Martins, com participação especial de Júlia Branco.

Talento impar, comprovado por um público respeitável e comprobatório da excelência dos artistas – em todos os setores – em noite em que se apresentou igualmente na Capital mineira Roberto Carlos, um fator citado pelos próprios compositores e interpretes.

Pouco importa alguém ressaltar minhas experiências –desde a infância – com diversos setores da vida pernambucana. Neste momento de verdadeiro ressurgimento das artes mais refinadas, uma coisa ficou comprovada. Almerio & Martins provaram não ter se desviado da rota traçada em seu Estado para oferecer luz ao País.

Não bastasse um novo polo nacional de cinema a música produzida nas terras do Recife desde há muito ocupa um lugar especial no Brasil, repito, em todos os aspectos tratados com o profissionalismo exigentes e um orgulho justificado pelos resultados que ali são fartamente produzidos.

Os mais experientes como é o meu caso particular podem identificar um quase mínimo de influência bem distante com o Quinteto Armorial, sobrepujado pelo personalismo que transpassa a conjunção do trabalho da dupla de profissionais a aumentar o brilho de uma atividade artística que exibe fidelidade à sua linha de crescimento.

O tempo se encarregará breve de o Brasil constatar minhas assertivas, mostrando um novo momento de superação reacendido ao nos restaurar a alegria de viverem plenos aquecidos com os valores culturais exibidos com o sol brilhante e o calor aconchegante dos rincões nordestinos.