Debater a importância de uma política de carreira do ensino superior e a valorização profissional dos profissionais da educação; e ainda, promover o lançamento da campanha salarial da categoria. Estes são os objetivos da audiência pública que a Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza nesta terça-feira (26/3/24). Requerida pela presidenta da comissão, deputada Beatriz Cerqueira (PT), a reunião acontece no Auditório José Alencar, às 10 horas.

De acordo com informações do gabinete da parlamentar, em dez anos, houve um acúmulo de 76% de perdas salariais nas categorias dos professores da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) e da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). As duas instituições pagam o segundo pior salário dentre todas as universidades públicas do Brasil.

Segundo professores dessa categoria, o acordo resultante da greve de 2016, quando governava o Estado Fernando Pimentel, não foi cumprido pelo governo seguinte, de Romeu Zema, empossado em 2019. Diante desse quadro, os docentes da Uemg e da Unimontes apresentam novamente as mesmas reivindicações.

Essa pauta inclui: a incorporação das gratificações ao vencimento básico; a expansão da dedicação exclusiva; o pagamento da remuneração por titulação; a abertura de editais para viabilizar a ampliação da jornada de 20 para 40 horas; e o respeito à autonomia da universidade.

Já os técnicos administrativos pedem equiparação salarial com os técnicos da Secretaria de Estado de Educação e a criação de um plano de carreira. Também engajados nesta luta, os alunos das duas universidades mineiras reivindicam, entre outros itens, a garantia da assistência estudantil.

Para a reunião desta terça-feira (26), foram convidados representantes das Secretarias de Estado de Educação e de Planejamento e Gestão, além dos reitores das duas universidades mineiras e de sindicalistas de entidades representativas dos professores.


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