Pelo menos 13 pessoas morreram, incluindo sete crianças, e mais de 25 ficaram feridas após um ataque que atingiu o campo de refugiados de Al-Maghazi no centro de Gaza na terça-feira (16), de acordo com funcionários do Hospital Mártires Al-Aqsa.

O vídeo, disponibilizado pela CNN da testemunha ocular Nihad Owdetallah, mostra várias vítimas espalhadas pelo chão, incluindo crianças, com sangue fluindo ao redor da área.

Dezenas de pessoas parecem estar correndo em pânico, gritando e tentando contar e carregar os cadáveres. Uma mesa de pebolim coberta de poeira é vista entre os cadáveres.

Owdetallah, que mora no acampamento, disse à CNN que ouviu uma explosão por volta das 15h40, horário local, na terça-feira, a 30 a 40 metros de distância dele.

“Eu imediatamente caminhei para ver o que aconteceu e encontrei cadáveres jogados no chão. Pessoas gritando, crianças gritando. Crianças mortas no chão. Eles estavam apenas jogando pebolim e foram martirizados”, disse ele.

Imagens filmadas pela CNN de dentro do Hospital Al-Aqsa Martyrs mostram um fluxo contínuo de vítimas e feridos sendo carregados, enquanto a sala de emergência está lotada de pacientes, incluindo várias crianças feridas, gritando no chão. Os membros da família são vistos se aglomerando sobre os corpos mortos de seus entes queridos, beijando-os, segurando-os e soluçando.

Um vídeo de dentro de um necrotério do hospital mostra famílias tentando identificar seus entes queridos entre os falecidos. Fatmeh Issa aponta para um saco branco com o rosto ensanguentado de um menino exposto, dizendo à CNN: “Este é meu filho.”

Outro homem grita: “Eles não têm nada a ver com ninguém! Eles são civis. Tenham piedade de nós. Vocês estão matando crianças. Você não está matando um exército ou combatentes; você está matando crianças que estavam brincando pacificamente na rua.”

O vídeo o mostra entregando o corpo de uma jovem a outro homem, ambos gritando versos corânicos e soluçando. O homem que recebe seu corpo é visto colocando-a no chão, e cobre seu corpo com uma jaqueta, dizendo à CNN que ela é sua filha.

“Esta é minha filha mais velha… seu nome é Lujain, ela tem nove anos. Um ataque os atingiu enquanto eles estavam brincando na rua. São todos apenas crianças”, acrescenta.

Um vídeo do lado de fora do pátio do hospital mostra as pessoas parecendo angustiadas, especialmente mulheres tentando entrar no hospital, gritando por seus entes queridos.

A CNN entrou em contato com as Forças de Defesa de Israel (IDF) para buscar um posicionamento, mas ainda não recebeu uma resposta.


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