O presidente americano Joe Biden anunciou nesta terça-feira (22) um pacote de sanções contra a Rússia , após o decreto de Vladimir Putin que reconheceu a independência de duas regiões no leste da Ucrânia.

Biden afirmou que as sanções inicialmente afetam o banco VEB e o banco militar russo, cortando seu acesso a financiamento ocidental. A partir desta quarta haverá também sanções financeiras contra a elite russa e seus familiares. “Estamos implementando sanções à dívida soberana da Rússia. Isso significa que cortamos o governo da Rússia do financiamento ocidental”, afirmou.

O americano apontou que Putin está preparando uma tomada de território ucraniano que vai além das regiões separatistas de Luhansk e Donetsk. Chamou o processo de “início de uma invasão russa da Ucrânia” e condenou o que considera ser “uma flagrante violação da lei internacional”.

“Nenhum de nós será enganado” pelas afirmações de Putin, sobre a Ucrânia, disse o americano. “Quem, em nome de Deus, Putin pensa que lhe dá o direito de declarar chamados ‘novos países’ em território que pertence aos seus vizinhos?”, questionou. Ele disse que também está transferindo tropas adicionais dos EUA para os países bálticos no lado leste da Otan, na fronteira com a Rússia.

Outras sanções

Os Estados Unidos e seus aliados vêm anunciando uma série medidas contra Moscou . A Alemanha suspendeu a autorização para a operação do gasoduto russo Nord Stream 2, os EUA proibiram investimentos, comércio e financiamento americano nas províncias separatistas, e o Reino Unido anunciou sanções a cinco bancos e três cidadãos russos.

Josep Borrell, o chefe da diplomacia da União Europeia, anunciou nesta terça-feira (22) que a organização já previu um pacote de sanções à Rússia e que deve ser anunciado em breve. Em entrevista coletiva, Borrell disse que as sanções atingirão políticos russos, bancos, o setor de defesa e dos mercados de capitais.

“Este pacote de sanções, que foi aprovado por unanimidade pelos Estados membros, prejudicará a Rússia e prejudicará muito”, disse Borrell. Antes, também nesta terça, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia , Dmytro Kuleba, disse que os países ocidentais deveriam intensificar o envio de armas para seu país, para ajudá-lo a resistir contra a Rússia.

Pouco depois, o presidente russo Vladimir Putin obteve autorização do parlamento de seu país para usar tropas no leste ucraniano, onde reconheceu duas repúblicas separatistas nesta segunda. Putin disse não saber quando exatamente faria uso dessas forças e que não afirmou que seria “imediatamente”.

Fonte: Portal G1