A Penitenciária Regional de Guayaquil no Equador reportou o início de um motim de detentos na noite desta quarta-feira (27), apesar de a unidade prisional estar sob controle militar, informou o Serviço Nacional de Atenção Integral a Pessoas Adultas Privadas de Liberdade e Adolescentes Infratores (SNAI).

Em comunicado, o órgão confirmou “uma revolta interna de um grupo”, mas assegurou em suas redes sociais que foi recuperado o controle das instalações, sem especificar a presença de mortos ou feridos.

As autoridades ativaram protocolos de segurança “para neutralizar a situação”, acrescenta o comunicado.

Os presos chegaram a transmitir ao vivo nas redes sociais, nas primeiras horas desta noite, imagens de colchões queimados, explosões e gritos. Pouco depois, a polícia fechou uma estrada próxima à prisão.

A unidade, Centro de Reabilitação Social Guayas número 4 (Regional), é a mesma de onde, Adolfo “Fito” Macias, líder de uma das maiores gangues criminosas do país, escapou em janeiro deste ano.

O país está em estado de emergência, ordenado pelo governo do presidente equatoriano Daniel Noboa, após uma onda de violência desencadeada no início do ano, com a fuga de líderes de gangues criminosas da prisão no início de dezembro e a invasão de homens armados a um canal de televisão durante um programa ao vivo.

Desde então, uma série de restrições foram impostas à população e intensificada a atuação conjunta de militares e policiais contra organizações criminosas no país.

Dezenas de armas, munições, explosivos e equipamentos tecnológicos foram apreendidos nos presídios do país desde o início da intervenção militar.

A partir de 2021, grupos criminosos desencadearam uma onda de violência no Equador que se espalhou desde as prisões, onde ocorreram vários motins e muitos terminaram com massacres brutais.

Em abril de 2023, 12 presos morreram durante tumultos em uma prisão em Cuenca. Em julho do mesmo ano, outros 31 presos foram assassinados na Penitenciária do Litoral, onde meses depois foram assassinados seis pessoas ligadas ao assassinato do então candidato a presidente Fernando Villavicencio.


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