Nesta segunda-feira (7/8), aniversário de 17 anos da Lei Maria da Penha, as forças de segurança e instituições parceiras promoveram uma ação na Estação Vilarinho, em Belo Horizonte, para dar início ao Movimento Agosto Lilás, mês de combate à violência contra a mulher.

Centenas de pessoas foram abordadas na entrada do metrô e receberam panfletos educativos com informações sobre os tipos de violência doméstica e, também, sobre canais de denúncia ou de busca de ajuda. Quem passou pelo local também pôde apreciar a Banda Sinfônica do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), que, com a música, ajudou a atrair a atenção para o tema.

A intenção da ação educativa foi unir forças para colocar o tema em pauta, gerar conscientização e debate entre todos os gêneros, além de incentivar as vítimas a fazer denúncias.

“Todas as forças estão comprometidas no combate à violência contra a mulher e nós queremos frisar isso. Qualquer vítima deve buscar apoio nos órgãos públicos e ela será bem acolhida, seja qual for a violência”, destacou o assessor da Superintendência de Integração e Planejamento Operacional da Sejusp, Flávio Augusto Xavier e Silva.

Para a auxiliar de enfermagem Juliana Maria Souza, de 32 anos, a mensagem teve sucesso. A caminho para o trabalho, ela contou que foi surpreendida pela banda e, logo depois, entendeu do que se tratava. “Vi a banda, diferentes policiais, guardas e bombeiros juntos e não tive como não me interessar. Sabendo que é para falar sobre violência contra a mulher, fiquei aliviada e feliz por saber que todos estão pensando na nossa segurança”, disse.

Você não está sozinha

Presente na ação, a defensora pública Bruna Helena Neves Oliveira estava disponível para dar orientações jurídicas para possíveis casos de violência doméstica, em que a Defensoria Pública de Minas Gerais atua processualmente. A profissional comemorou a ação e frisou a importância de estar em lugares públicos para falar de um tema que, para muitos, ainda é um tabu.

Muitas vezes as mulheres não sabem a quem procurar, onde chegar, ou simplesmente não têm força. É necessário irmos até elas, e por isso ações como essa são importantes. Usamos uma linguagem simplificada para dizer: ‘Estamos aqui, você não está sozinha’ – às vezes, elas não sabem disso. A integração é fundamental, pois a violência é um sistema e só um outro sistema pode combatê-la”, explicou.


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