A concessão do Aeroporto Carlos Drummond de Andrade – mais conhecido como Aeroporto da Pampulha – à iniciativa privada está oficializada. Representantes do Grupo CCR e do governo de Minas assinaram ontem o contrato que prevê a cessão do terminal por 30 anos. Os investimentos neste período devem chegar a R$ 151 milhões.

Já nos primeiros 36 meses de operação, serão aportados R$ 65 milhões em adequações e melhorias da área concedida, inclusive em termos de drenagem – dado o histórico de alagamentos do saguão em período chuvoso. A ideia é transformar o aeródromo no principal centro de aviação executiva do País.

Para isso, deverá ser construído um terminal de aviação geral, sistema de pistas de táxi, recuperação parcial do pavimento da pista e preparação para novos hangares. O acordo abarca também a praça Bagatelle e as casas ao redor que, até há poucos anos, eram ocupadas por militares da Força Aérea Brasileira (FAB) que trabalhavam no Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (Ciaar) e que foram transferidos para Lagoa Santa (Central) juntamente com o quartel.

De acordo com a diretora corporativa da CCR Aeroportos, Cristiane Gomes, o principal objetivo é promover o desenvolvimento da região da Pampulha, fornecendo a melhor infraestrutura e serviços de qualidade aos clientes, contribuindo para um desenvolvimento ainda maior de Belo Horizonte e trabalhando pela expansão da economia local e do Estado.

“Nosso compromisso é desenvolver a região. A Pampulha tem um valor histórico para a cidade e existe na região uma vocação residencial também, por isso, realizaremos um trabalho de desenvolvimento imobiliário no entorno da área aeroportuária. A assinatura é um marco importante e iniciamos agora a fase de transição com a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária). Se tudo correr dentro do previsto, assumimos as operações, de fato, no segundo trimestre”, disse.

Cristiane também explicou que a operação do Aeroporto da Pampulha será de aviação geral, incluindo cargas e passageiros, e que o foco em aviação executiva permanece e, por isso, os hangares serão revitalizados. Já sobre as cargas, a diretora afirmou que a ideia é ter uma conexão com o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins (RMBH). Vale dizer que o Grupo CCR também integra a concessionária que administra este terminal.

“Confins foi o aeroporto que melhor desenvolveu a parte de cargas em 2021. O que pretendemos fazer na Pampulha é trabalhar a intermodalidade. O aeroporto está numa região mais central e para determinadas soluções e entregas essa conexão pode ser estratégica”, revelou.

Fonte: Diário do Comércio