O homem que ameaçou e xingou o ministro Cristiano Zanin, do STF, no aeroporto de Brasília em janeiro deste ano não é encontrado pela Justiça há mais de seis meses. Episódio ocorreu quando Zanin já tinha sido indicado por Lula ao Supremo, mas não tinha assumido o cargo.
A Justiça não encontrou Luiz Carlos Bassetto Junior em nenhum dos endereços fornecidos por ele. Em certidão registrada na última terça-feira (24), o oficial que tentou intimar o agressor deu andamento ao processo ao dizer que não conseguiu cumprir as diligências.
Bassetto é procurado para intimação desde abril. Ele virou réu em julho pelas ofensas que proferiu contra Zanin após a Justiça acolher denúncia do MP (Ministério Público).
O ex-advogado de Lula foi abordado pelo homem enquanto escovava os dentes em um banheiro. Zanin foi xingado de “safado” e “corrupto“, e ainda ameaçado de que levaria uma “mão na orelha”. “Tinha que tomar um pau de todo mundo que está na rua”, disse Bassetto.
No início do ano, a Polícia Civil do DF indiciou o agressor de Zanin. No relatório apresentado ao TJDFT, o delegado Paulo Renato Alvarenga Fayão apontou que três crimes foram cometidos durante a abordagem: ameaça, injúria e incitação ao crime, com penas de até 1 ano e 6 meses de detenção.