Apesar da pressão exercida pelo PL, partido de Jair Bolsonaro, o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) indicou que, se eleito para a presidência do Senado em 2025, o PSD deverá assumir o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Atualmente, a CCJ é presidida por Alcolumbre, e o PSD, partido do atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), possui a maior bancada na Casa e apoia a candidatura de Alcolumbre para a sucessão.
Nas últimas semanas, o PL tem reivindicado o controle da CCJ, argumentando que espera aumentar sua bancada com a filiação de mais quatro senadores até o próximo ano, o que o tornaria o maior partido do Senado. O PL pressiona pelo comando da comissão e sugere o nome do senador Marcos Rogério (PL-RO) para o cargo. No entanto, Alcolumbre já sinalizou que pretende ceder o posto ao PSD.
Essa decisão também visa manter uma relação harmoniosa com o Palácio do Planalto, que apoia a candidatura de Alcolumbre. O objetivo é que a CCJ seja comandada por alguém com perfil moderado, que não tenha vínculos diretos com a esquerda ou a direita.
Nos bastidores, aliados de Alcolumbre sugerem que o PL poderá conquistar a vice-presidência na nova gestão do Senado, com o nome de Eduardo Gomes (PL-TO) sendo cogitado. Alcolumbre, atualmente, conta com o apoio tanto da direita quanto da esquerda para sua candidatura à presidência da Casa, enquanto a bancada feminina do Senado estuda lançar uma candidatura própria.
Na eleição passada, o PL lançou candidatura própria, mas ficou sem cargos de destaque, o que agora aumenta a possibilidade de o partido apoiar o favorito Alcolumbre na sucessão de Pacheco.