Dívida do Estado aumentou mais de R$ 40 bilhões nos últimos três anos e meio e não há investimentos e obras.

O candidato ao governo de Minas, Alexandre Kalil (PSD), participou neste domingo, 31, das convenções do PSB e da Rede, partidos que apoiam sua candidatura, e apresentou aos aliados um dos motes da sua campanha: a discussão em torno da situação financeira do Estado e o crescimento da dívida estadual durante a gestão de Romeu Zema. O atual governador tem dito que recuperou as contas do Estado, mas os números indicam que ele recebeu uma dívida de R$ 114 bilhões, e o valor atual já passa de R$ 150 bilhões.

“Queremos números, não queremos ataque pessoal. Do ano de 1994 até a eleição deste governo, Minas devia (aproximadamente) 100 bilhões, e hoje deve 150 bilhões. Onde está a recuperação do Estado? Não é calúnia, não é agressão. São números”, afirmou.

Kalil ainda lembrou que a dívida não aumentou em função da realização de obras e investimentos.
Me dê uma duplicação de estrada, me dê uma coisa em infraestrutura, porque se me perguntarem o que foi feito na prefeitura de Belo Horizonte em recuperação financeira, em infraestrutura, em escola, em saúde, eu tenho números para entregar pra eles. Eu quero números do governador. Não quero calúnia, me entreguem os números do Estado de Minas Gerais”, afirmou.

O candidato do PSD ainda lembrou dos graves problemas estruturais que o Estado enfrenta.
“Hoje, 49 bairros de Belo Horizonte estão sem água, em pleno século XXI. Exatamente hoje. Essa semana o governo do Estado abriu a escola estadual sem professor, faltando professor. Então, o que foi feito sem ser com o dinheiro de 270 soterrados”, cobrou, fazendo referência aos recursos recebidos pelo governo do Estado do acordo com a Vale, como compensação pelo rompimento da barragem em Brumadinho.

Mentiras

Kalil garantiu que irá debater as informações apresentadas pela equipe do governador Romeu Zema.
“Existiu um nazista chamado (Joseph) Goebbels que dizia o seguinte: repita uma mentira várias vezes que ela vai tornar-se verdade. Então eu quero avisar para os marqueteiros do governo que na época de Goebbels não existia oposição, nem internet. Então agora não adianta repetir uma mentira várias vezes, porque nós vamos desmentir com números”.


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