O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta segunda-feira (16) que o retorno do horário de verão no Brasil “muito provavelmente” será sugerido à Casa Civil, embora sem uma data específica. Ele também destacou que, no curto prazo, “não há tempo” para decretar a medida e que, se for implementada, será precedida de um planejamento detalhado.

Silveira tem uma reunião marcada para terça-feira (17) com o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), onde discutirá ações para enfrentar a seca e seu impacto nos reservatórios. Durante uma entrevista à rádio Itatiaia, o ministro declarou que “o horário de verão passa a ser uma realidade muito premente”, destacando a importância de reforçar a segurança do Sistema Interligado Nacional e planejar o futuro energético do país, com foco em 2026.

O retorno do horário de verão, segundo Silveira, atenderia a dois objetivos principais: a necessidade de garantir segurança energética, aliviando a demanda no horário de pico, e os impactos positivos em áreas como comércio e turismo. Ele explicou que a medida poderia evitar a necessidade de acionar termelétricas no início da noite, quando as fontes de energia solar e eólica não estão mais disponíveis.

Apesar da urgência, Silveira reforçou que ainda há tempo para planejar adequadamente a implementação do horário de verão. Ele também ressaltou que a medida poderia ter implicações para a vida das pessoas e para órgãos públicos, como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), especialmente em um ano de eleições, uma questão que ele discutiria com a ministra Cármen Lúcia, presidente do TSE.

Além disso, o ministro mencionou que o custo da energia elétrica para o consumidor brasileiro já está no limite, reiterando que não haverá necessidade de acionar termelétricas adicionais, que são mais caras e pressionam as tarifas. Silveira fez questão de destacar o planejamento do governo atual, que já considerava os efeitos da seca e buscava aumentar o nível dos reservatórios para evitar crises energéticas, como a que ocorreu em 2021.

Ele também mencionou que, ao contrário de 2021, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) possui um saldo superavitário de R$ 9 bilhões na conta bandeira, o que contribui para evitar novos aumentos nas tarifas de energia elétrica.

 


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