Por Fred Ribeiro

O início foi avassalador para marcar os primeiros minutos de vida da Arena MRV nos jogos oficiais do Atlético-MG. Teve momentos de sufoco e crescimento do Santos. Mas o Galo matou o confronto com outro gol no segundo tempo. Brilhantismo de Paulinho, o artilheiro do dia, e Hulk, o garçom.

Os 30 mil torcedores da inauguração do estádio viram o time de Felipão sufocar, criar espaços, atacar por dentro e por fora, e criar duas chances de gol antes de abrir o placar aos 11 minutos.

Mas, o que parecia ser uma caminhada tranquila para o Galo carimbar a nova casa com vitória, passou por momentos de dificuldade na criação, nos passes, e também na proteção da defesa no natural movimento de recuo que os times de Felipão costumam fazer.

O Santos criou mais chances claras que o Atlético-MG no primeiro tempo. Chutes que passaram bem perto da trave de Everson, e outras tentativas de longe, sem tanto perigo, mas com sinal claro de espaços excessivos no meio. Otávio e Battaglia precisavam se encontrar, e terminaram a primeira etapa temerariamente amarelados.

No ataque, Paulinho foi bem, fez o gol histórico da Arena MRV ao finalizar de direita, de primeira, após deixadinha de Hulk de letra, na entrada da área. Mariano conseguiu apoiar, Arana também (arriscou um chute obrigando João Paulo a defender de forma estranha).

Pedrinho, novidade na escalação, dava velocidade quando a bola pingava na sua região. Fez uma partida para sair aplaudido de pé. Muita movimentação, uma vontade diferente em campo, pedindo passagem e cravando sua titularidade nos próximos jogos. Faltou mais de Pavón do lado esquerdo.

Scolari acertou na escalação, ainda que Otávio e Battaglia pudessem ter tido maior conectividade para fechar o meio. O Santos, candidato ao rebaixamento, está (por óbvio) com jogadores em más condições técnicas. O Galo soube se defender pelo alto, algo que era um problema já antigo.

Na etapa final, Hulk cobrou falta na direita, com a bola fazendo a curva contrária. Paulinho, bem colocado, acertou a cabeçada para fazer 2 a 0. O próprio camisa 7 acertou a trave numa jogada clássica de pivô, girando na marcação.

Foi um dia de festa para o torcedor do Atlético. A Arena MRV tem muito o que melhorar, e, no que diz respeito a bola rolando, tende mesmo a optar pelo gramado sintético. Provavelmente, para 2024. Até lá, são mais nove jogos no novo palco do Galo, que busca o G-6 e ganha uma nova arma bem letal.


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