Ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro rezou um “pai-nosso” pelo Estado de Israel em um evento do PL Mulher neste sábado (21), em Belém. Ela carregava a bandeira do país enquanto a plateia acompanhava a oração.

Bolsonaro apareceu no fim do evento e disse, em um breve discurso, que os brasileiros devem ficar ao lado de “bons países, como ele sempre esteve”. Ele também carregou a bandeira israelense.

Bolsonaro afirmou que a gestão petista apoia “ditadores” e que reluta em classificar integrantes do Hamas como “terroristas“. Em resolução publicada no início da semana, o PT equiparou ataques do Hamas à reação do Estado de Israel. Ontem, Lula (PT) citou mortes causadas pelo que chamou de “ato de loucura que fez de terrorismo” do Hamas.

Antes de Bolsonaro chegar na cerimônia, Michelle afirmou que queria fazer um ano sabático após a derrota nas eleições de 2022, porque “trabalhou incansavelmente” nos quatro anos de governo do marido.

No entanto, aceitou assumir a presidência do PL Mulher, porque “sempre fez política”. O convite foi feito pelo presidente do partido, Valdemar Costa Neto.

Michelle disse ainda que, enquanto primeira-dama, “não viajou para aumentar o álbum de fotos. Eu estava em Brasília trabalhando de todas as formas que eu podia”. A atual primeira-dama, Janja da Silva, acompanha o presidente em todas as viagens oficias.

A ex-primeira-dama fez críticas ao atual governo, elogiou a gestão de Bolsonaro e celebrou a bancada eleita do PL, com 99 deputados — a maior número de cadeiras na Casa. A plateia gritou “Lula ladrão seu lugar é na prisão” e “Mito” para elogiar Bolsonaro.

Durante o evento, duas crianças que estavam na plateia subiram ao palco vestidas de policial — a menina foi chamada de “feminina” por usar óculos rosas e o menino recebeu uma continência da ex-primeira-dama. “É o futuro do nosso Brasil”, disse.

Com a inelegibilidade de Bolsonaro, Michelle é apontada como uma possibilidade para substitui-lo nas eleições de 2026. Ela comentou o caso em seu discurso e afirmou que “já era presidente de um partido”.


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