O general Julio Cesar de Arruda, indicado de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir o comando do Exército, toma posse antecipadamente nesta sexta-feira (30/12). A definição ocorrerá dois dias antes da posse presidencial, no dia 1º de janeiro. A informação foi confirmada pela reportagem.

A antecipação para a nomeação do militar se dá pela pressão em volta do novo governo em relação à segurança de Lula devido à organização bolsonarista nos arredores do Quartel-General do Exército, em Brasília, e ameaças de atentados vistas nos últimos dias.

Existe também a possibilidade de antecipação na posse do novo comandante da Marinha. Assim, o comandante de esquadra Almir Garnier Santos entregaria a pasta para Marcos Sampaio Olsen nesta quarta (28/12) ou quinta-feira (29/12).

Internamente, autoridades próximas a Lula esperam que o general Julio Cesar de Arruda trate os bolsonaristas como extremistas e possíveis ameaças ao Estado democrático de direito. O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, alegou que os acampamentos dos apoiadores do atual presidente são “incubadoras de terroristas”

Um largo esquema de segurança para a posse já estava montado. O evento prevê 61 atrações de peso da música brasileira, além de exposições, posse de Lula no Congresso e passagem de faixa no Palácio do Planalto. Com os mais recentes episódios, as medidas estão sendo revistas, como avisou o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, já no dia do atentado frustrado.

Ao ser preso, George Washington confessou que estava planejando um atentado para o dia da posse de Lula. No apartamento alugado por ele, no Sudoeste, região nobre de Brasília, foi encontrado um arsenal de armas, avaliado em cerca de R$ 160 mil.

Além do episódio no aeroporto, no dia 23 de dezembro, a polícia foi acionada após uma ameaça de bomba em um ônibus na região central, na Asa Sul. No dia 25, diversos explosivos (totalizando cerca de 40 kg) foram encontrados no Gama, região a cerca de 40 km do centro.


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