O líder do PT na Câmara dos Deputados, Reginaldo Lopes (PT), projetou que, até 2 de setembro, o ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD) alcançará o governador Romeu Zema (Novo) nas pesquisas alavancado pela aliança com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O deputado federal, coordenador-geral da campanha de Lula em Minas, foi o entrevistado, nesta terça-feira (19), do Café com Política, do programa Super N 1ª Edição, da Rádio Super 91,7 FM.
Questionado, Reginaldo minimizou a vantagem administrada por Zema até aqui. “(Antes da aliança com Lula) Kalil tinha aproximadamente 19%, 20%, 21% (de intenções de voto) e o governador Zema tinha 48%, 49%. Hoje, uma pesquisa bem estruturada, presencial, aponta 40% a 30% (para Zema). Acredito que, em um estado que é um pequeno país, precisamos do início do processo eleitoral. Então, no dia 16 de agosto, iniciam-se os programas eleitorais”, avalia o deputado federal.
Para Reginaldo, a associação a Lula irá impulsionar o desempenho eleitoral de Kalil. “Depois, é o processo eleitoral, o debate político e as ideias que serão apresentadas no dia a dia para a gente dizer quem vai vencer as eleições em Minas. Apostaria que nós vamos ganhar as eleições com o presidente Lula no 1º turno e Kalil ganhará as eleições em Minas para governador”, acrescentou o líder do PT na Câmara.
Ao ser perguntado se Kalil poderia enfrentar dificuldades diante da resistência história da militância petista em aderir a outras candidaturas, como ocorreu quando o partido, em 2010, apoiou Hélio Costa (MDB) para o governo de Minas, o deputado federal defendeu que Kalil ganhou a simpatia de petistas e lulistas ao defender a ciência no enfrentamento à Covid-19.
“E, nessa defesa da ciência tendo um presidente da República negacionista, o Kalil ganhou a simpatia dos petistas”, avaliou.
Reginaldo exemplificou que, apesar da candidatura de Nilmário Miranda (PT) à Prefeitura de Belo Horizonte, petistas votaram em Kalil já no 1º turno.
“Por isso que naquela eleição eu já defendia apoiar o Kalil e não ter candidato próprio, como também eu sempre defendi que em Minas Gerais, por causa dos erros cometidos pelo governador Pimentel, eu achava muito melhor a candidatura do Kalil em uma composição com o presidente Lula”, concluiu o deputado federal.