O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou não ser justo dizer que ele atacou à democracia na reunião com embaixadores em 2022 quando ele questionou, sem provas, o sistema eleitoral brasileiro. O caso está sendo julgado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e pode deixá-lo inelegível por oito anos.

O que aconteceu

Bolsonaro disse esperar um julgamento justo. O TSE retoma a sessão para análise do caso amanhã. O ex-presidente se reuniu por cerca de uma hora com a banca do PL, na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo).

Ele também afirmou que espera que o julgamento siga a jurisprudência de 2017 e não aceite novas provas. O PDT, autor da ação contra o ex-presidente no TSE, incluiu no processo a minuta golpista encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

O ex-presidente se recusou a comentar uma crítica de Abraham Weintraub, seu ex-ministro, por causa das doações feitas por seus apoiadores. O ex-ministro da Educação chamou Bolsonaro de “cafetão” depois da campanha lançada por aliados dele para pedidos de doações via PIX para cobrir multas determinadas pela Justiça.

O julgamento será retomado amanhã. O MPE já argumentou que a reunião com embaixadores foi uma “manobra eleitoreira” e defendeu a inelegibilidade.

O que disse Bolsonaro?

É justo cassar os direitos políticos de alguém que se reuniu com embaixadores? Não é justo falar em ataque à democracia. Buscas aperfeiçoamento, camadas de proteção, isso é bom para a democracia”, disse Jair Bolsonaro.

“Não podemos aceitar passivamente que possíveis críticas ou sugestões ao sistema eleitora seja tudo como ataque à democracia“, declarou Jair Bolsonaro.


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