O coordenador dos trabalhos da equipe de transição, ex-senador Aloizio Mercadante (PT), afirmou nesta terça-feira (6) que o governo brasileiro deve R$ 5 bilhões a órgãos internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU) e Organização Internacional do Trabalho (OIT).
“Isso significa que o Brasil será excluído desses fóruns. E é uma dívida pesada, que também não tem previsão orçamentária pro ano que vem”, declarou.
Integrante do grupo de trabalho de Planejamento e Orçamento na transição, a economista Esther Dweck afirmou que esse é um passivo que foi se acumulando ao longo dos últimos anos – não necessariamente, apenas no governo Jair Bolsonaro (PL).
Esther acrescentou que o governo eleito vai buscar priorizar o pagamento a órgãos multilaterais dos quais o Brasil pode ser excluído por falta de pagamento.
É o caso, segundo ela, da Organização Mundial de Comércio (OMC) – onde o Brasil pode perder direito a voto se não regularizar as dívidas.
“Vamos ver aqueles que estão na iminência de perder, e depois como pagar esse passivo que não vai ser possível no primeiro ano. Olhar onde é mais urgente, coisas que são pequenas mas simbólicas, meio ambiente, e agricultura. Resolver o que está mais urgente”, afirmou.