Edilene Lopes, Lucas Pavanelli
A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffmann, refutou qualquer hipótese de o partido deixar de lado a pré-candidatura de seu correligionário, Rogério Correia, à Prefeitura de Belo Horizonte. Em entrevista exclusiva à Itatiaia, a dirigente do PT disse que, ao abrir mão de candidaturas próprias em São Paulo e no Rio, o partido do presidente Lula elencou a indicação de Correia como uma das prioridades para a legenda nas eleições municipais deste ano.
“O Rogério é uma das candidaturas prioritárias do PT. Achamos muito importante essa disputa em Belo Horizonte. Não vamos disputar com o PT em São Paulo porque estamos apoiando o Boulos, do PSOL. Não vamos disputar com o PT no Rio, porque possivelmente faremos uma aliança com o Eduardo Paes. E Belo Horizonte é a grande capital do Sudeste que nós vamos fazer essa disputa”, explica.
Gleisi avalia que não há um candidato que desponta como favorito à Prefeitura de Belo Horizonte e acredita que, ao contar com Lula como cabo eleitoral, Rogério Correia estará no segundo turno do pleito.
“Consideramos que a disputa está muito aberta. Não tem uma preferência colocada de candidaturas. É uma eleição de segundo turno, o Rogério está mantido e faremos todos os nossos esforços para levá-lo ao segundo turno das eleições”, afirma.
Em dezembro do ano passado, Rogério Correia lançou sua pré-candidatura à Prefeitura de Belo Horizonte em um evento que contou com a participação de lideranças nacionais do PT, como o ministro do Trabalho, Luiz Marinho. À época, espucalava-se que o nome do petista poderia ser preterido em nome de um apoio à candidatura à reeleição do atual prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), o que é descartado por Gleisi.
A dirigente petista diz que as relações entre os dois partidos são boas e se estreitaram durante as últimas eleições, quando o PT apoiou a candidatura de Alexandre Kalil ao governo de Minas e de Alexandre Silveira ao Senado – ambas derrotadas. À Itatiaia, Gleisi disse, ainda, esperar que os pessedistas se juntem a Correia em um eventual segundo turno.
“Esperamos que o PSD esteja conosco no segundo turno. Acho difícil no primeiro turno, porque é legítimo, por parte do prefeito, tentar a reeleição. A gente nunca pede para alguém que esteja na cadeira – e que tenha condições de fazer a disputa – não ser candidato”, sinaliza.