O PSB aprovou hoje em convenção nacional a coligação com o PT e o lançamento do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com a presença dos dois, em Brasília.

A coligação foi formalizada com aprovação dos respectivos diretórios no início de abril, mas, para registro na Justiça Eleitoral, é preciso que sejam aprovadas também em convenção nacional de cada partido, realizadas entre 20 de julho e 5 de agosto. A do PT ocorreu na semana passada.

Diferentemente do PT, que optou por uma convenção protocolar, sem a presença dos candidatos, o PSB tem hoje todos os seus principais quadros e pré-candidatos presentes, como os governadores Renato Casagrande (ES) e João Azevêdo (PB), os prefeitos João Campos (Recife) e JHC (Maceió), os deputados Marcelo Freixo (RJ), pré-candidato ao governo, e Tabata Amaral (SP) e o ex-governador Flávio Dino (MA), pré-candidato ao Senado.

Também estavam presentes figuras de outros partidos da aliança em torno de Lula, como a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o ex-ministro Aloízio Mercadante (PT), o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

O evento não só é simbólico como formal por exigência da Justiça Eleitoral. As aprovações tanto da aliança com o PT como da indicação de Alckmin a vice foram feitas em poucos minutos, com levantamento de crachás em meio a gritos.

A presença de Lula —que, em viagem ao Nordeste, não participou nem do encontro petista no último dia 21— é tida como um gesto amigável a Alckmin e ao PSB em um momento delicado da aliança em alguns estados. O ex-presidente deverá falar, mas a estrela do dia é o ex-governador, elogiado por todos.

Depois de 33 anos no PSDB, Alckmin se filiou ao PSB no fim de março já sob o acordo para ser vice na chapa de Lula, desenrolado no segundo semestre do ano passado. Desde então, os antigos adversários vão a quase todos os eventos públicos juntos e trocam diversos afagos nos discursos.

“Apesar das divergências que trazíamos nos nossos embates, nós vimos a necessidade de estarmos juntos para enfrentar o que o Brasil está passando. Não é possível a gente retroceder numa luta, que desde 1988 começou com a nossa Constituição, e que a gente vem construindo, nossa jovem democracia. Isso fez com que estivéssemos juntos aqui hoje”, discursou Gleisi.