A CPI do 8 de Janeiro terá mais nove sessões. A cúpula da comissão tenta costurar um acordo para dividir os próximos nomes a serem ouvidos: aliados do Planalto teriam direito a convocar seis pessoas, e os opositores, três. Dois depoimentos já estão confirmados. São de militares de interesse do Planalto.

Apesar da intenção da chefia da comissão, até o momento, oposição e governo ainda não concordaram com a proposta. A próxima sessão acontece no dia 12 de setembro.

Mesmo sem acordo, a base do governo Lula já tem votos para emplacar o depoimento do general Gustavo Henrique Dutra, que estava à frente do Comando Militar do Planalto no dia das invasões. A área do acampamento bolsonarista em Brasília era de responsabilidade do oficial militar, que em várias ocasiões evitou a remoção dos manifestantes golpistas.

Outro nome certo para voltar à CPI é o do tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudantes de ordens de Jair Bolsonaro (PL). Na sua primeira convocação, ele permaneceu calado, mas agora a expectativa é de mudança de atitude após ele responder às perguntas durante três longos depoimentos na Polícia Federal.

Ainda não há data para esses depoimentos.

Quem cada lado quer chamar

Os governistas têm uma prioridade para ouvir: o general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). A pressão para sua convocação aumentou depois que o hacker Walter Delgatti falou que ambos mantiveram um encontro em que discutiram formas de desacreditar as urnas eletrônicas.


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