Mais de um ano após o lançamento de “Diablo IV”, um dos títulos mais elogiados de 2023, a primeira expansão, “Vessel of Hatred”, foi lançada, continuando os eventos caóticos do jogo original. A espera valeu a pena, com a Blizzard trazendo de volta a satisfação sentida no lançamento do jogo base.
A expansão oferece um conjunto robusto de novos conteúdos, mantendo a experiência alinhada ao que foi visto na campanha original. Entre as novidades estão a continuação da história, uma nova classe jogável, a introdução da nação Nahantu, composta por sete regiões de selvas e novas masmorras, o retorno dos Mercenários e adições ao conteúdo de endgame.
Embora a história de “Diablo IV” tenha sido elogiada, o final não foi conclusivo. Agora, “Vessel of Hatred” explora as consequências da fuga de Neyrelle com a Pedra da Alma de Mephisto. Ela viaja para Nahantu, tentando destruir o demônio, mas acaba sendo dominada por ele devido à sua falta de experiência. O jogador, o Viajante, encontra Neyrelle ao lidar com uma nova praga de corrupção, enquanto lida com personagens como Madre Prava e o recém-introduzido Urivar.
Apesar da qualidade narrativa, a expansão é relativamente curta, com cerca de cinco horas de jogo, deixando pontas soltas para serem resolvidas em uma futura expansão já anunciada. Neyrelle é o foco principal da trama, e, embora novos personagens como Eru, um xamã natispírito, sejam interessantes, outras figuras importantes, como Lorath e as forças angelicais, estão ausentes.
Em termos de mecânica, a expansão traz algumas inovações, mas nada revolucionário. A nova classe natispírito é divertida e mistura elementos já conhecidos das classes Bárbaro, Druida, Mago e Necromante. O jogador pode utilizar habilidades baseadas em animais como jaguar, gorila, águia e centopeia, oferecendo uma variedade de estilos de combate. A introdução dos Mercenários permite a contratação de companheiros, com habilidades exclusivas, adicionando uma camada de estratégia à jogabilidade.
“Vessel of Hatred” também apresenta runas, novos modificadores que, quando combinados corretamente, oferecem melhorias adicionais às habilidades do jogador. Embora não seja uma adição impressionante para veteranos, oferece uma nova dinâmica para aqueles que estão explorando o jogo pela primeira vez.
No endgame, dois novos modos se destacam. O modo “Dark Citadel”, uma raid cooperativa, traz desafios que exigem coordenação entre jogadores e recompensas valiosas. Já o subterrâneo de Kurast, um desafio cronometrado, oferece um sistema de recompensas baseado no desempenho do jogador.
A expansão também mantém a alta qualidade visual e sonora de “Diablo IV”, com a nova região de Nahantu sendo rica em detalhes e diversidade. A jogabilidade foi aprimorada, com ajustes na densidade de inimigos e correções de bugs. No entanto, ainda há relatos de travamentos ocasionais.
No geral, “Diablo IV: Vessel of Hatred” é uma excelente expansão, apesar de seu preço elevado para alguns jogadores. Ela oferece uma oportunidade perfeita para novos jogadores entrarem no mundo de Santuário, enquanto continua a aprimorar o conteúdo para os fãs mais antigos.