A saída polêmica de Estevão do Cruzeiro, há três anos, voltou à tona nesta segunda-feira. O ex-diretor do Atlético-MG, Lásaro Cândido, revelou que a joia do Palmeiras esteve perto de mudar de lado em Belo Horizonte. O ge apurou detalhes da situação.

Em publicação nas redes sociais, Lásaro Cândido citou que Estevão, que foi apelidado de Messinho no começo da passagem pelo Cruzeiro e não gosta de ser chamado pelo apelido, ficou perto de fechar com o Galo. Isso em fevereiro de 2020, segundo. Entretanto, a saída de Estevão ocorreu só um ano e três meses depois.

– O Messinho esteve próximo de assinar com o ATLÉTICO…Preparei na época (03.02.2020)inclusive a notificação extrajudicial (até hoje tenho a cópia) q seria enviada ao Cruzeiro (cumprir formalidades etc). Parte jurídica, contratos, tudo pronto. Infelizmente…um dia talvez dê os nomes – escreveu o ex-diretor.

Segundo apuração de bastidores, a oferta do Atlético-MG era para um contrato cerca de três vezes maior do que era proposto pelo Palmeiras. A família e o staff que cuidam da carreira de Estevão, então com 14 anos, preferiram o acerto com o time paulista, entretanto. Alguns pontos pesaram na decisão.

Na época, pesou a estrutura oferecida pelo clube paulista e também na “qualidade da formação” dos atletas. Também houve a vontade de saída de Belo Horizonte, para evitar que o nome do jovem ficasse ainda mais exposto por causa da rivalidade entre Cruzeiro e Atlético-MG e por causa dos problemas da condução da formação dele durante a passagem na Toca da Raposa.

Chegou a ter contato entre dirigentes do Atlético-MG e o pessoal que cuida da gestão de carreira de Estevão, mas a situação não foi pra frente. Na época da saída de Estevão para o Palmeiras, houve troca de acusações entre o time paulista e o Cruzeiro.

João Paulo Sampaio, responsável pela base do Palmeiras, confirmou ao ge, na época, propostas melhores de outros clubes. Ele apontou erros do Cruzeiro na ocasião.

– O jogador estava livre no mercado. Ele não estava registrado no BID do Cruzeiro, que poderia ter feito isso desde os 12 anos. E o Cruzeiro desde julho ou agosto, não tem certificado de clube formador, que protege estes meninos. O jogador tinha três propostas oficiais, melhores que a nossa, e ele escolheu o Palmeiras. O pai acha o melhor projeto de base do Brasil hoje, o clube que dá chances a muitos meninos, o maior campeão do Brasil e minha função é procurar os melhores profissionais para o clube. O Messinho estava livre, e o Palmeiras foi escolhido, por tudo que o Palmeiras se tornou na sua base, mesmo com uma oferta muito menor, menor até do que ele ganhava no Cruzeiro – contou João Paulo.

Em abril do ano passado, Estêvão assinou o primeiro contrato profissional com o Palmeiras no dia em que completou 16 anos. A legislação trabalhista brasileira permite que o contrato tenha a validade de três anos. Alvo de clubes europeus, a multa rescisória é de 45 milhões de euros (cerca de R$ 240 milhões).

GE


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