A planta da Stellantis em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, tem potencial para se tornar a maior unidade produtiva do grupo no mundo em 2025. A projeção foi feita por Emanuele Cappellano, presidente da Stellantis para a América do Sul, durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (22). Segundo ele, a fábrica já ocupa a segunda posição global da empresa em volume de produção e, com o ritmo atual, pode alcançar o topo.

É possível. Em tamanho e produção, Betim é a segunda planta da Stellantis. Estamos produzindo um pouco mais do que no ano passado e pode ser que nos tornemos a maior planta da Stellantis”, afirmou Cappellano. Em 2024, a unidade com maior volume de produção da empresa foi a da Espanha. Em Betim, foram fabricados 468,6 mil veículos — o maior número desde a criação do grupo em 2021. Apenas nos primeiros quatro meses de 2025, a produção local cresceu 17,6% em relação ao mesmo período de 2024, totalizando 161,2 mil unidades.

Betim será o principal destino dos R$ 32 bilhões anunciados para investimentos da Stellantis no Brasil até 2030. Desse total, R$ 14 bilhões serão aplicados na unidade mineira. Em 2024, a fábrica promoveu 1.300 contratações e lançou novos modelos, como atualizações do Fiat Pulse e do Fastback. Pelo quarto ano consecutivo, a Fiat, marca do grupo, liderou as vendas de veículos no país.

As declarações foram feitas durante o evento que celebrou os dez anos da planta de Goiana, em Pernambuco, único polo automotivo do Nordeste, com 39 fornecedores. Segundo Cappellano, foram investidos R$ 18 milhões em Goiana na última década, e outros R$ 13 bilhões estão previstos para o ciclo de investimentos até 2030.

O novo ciclo prevê o lançamento de seis novos modelos produzidos em Goiana, embora os nomes ainda não tenham sido revelados. Atualmente, são fabricados na unidade pernambucana o Jeep Renegade, Jeep Compass, Jeep Commander, Fiat Toro e Ram Rampage. A partir de 2026, a planta também passará a produzir seu primeiro veículo híbrido. Além disso, outra marca do grupo Stellantis passará a ter produção local, mas a identidade da nova linha ainda não foi divulgada.

A fábrica de Goiana tem capacidade para produzir até 280 mil veículos por ano e gera aproximadamente 20 mil empregos diretos. Incluindo os empregos indiretos, o total chega a cerca de 60 mil postos de trabalho. “Quase 10% de todos os automóveis produzidos no Brasil saíram de Goiana em 2024. É uma planta com um significado não somente para a Stellantis, mas para o mercado como um todo”, ressaltou Cappellano.

Um estudo da Consultoria Econômica e Planejamento (Ceplan) indica o impacto da instalação da fábrica para a economia de Pernambuco. Desde 2013, a participação de Goiana no Produto Interno Bruto (PIB) do estado saltou de 1% para 4,8% em 2021. No setor industrial, o segmento de veículos automotores cresceu de 1,5% para 12,4% no Valor da Transformação Industrial (VTI) entre 2011 e 2022.

Foto: Stellantis/Divulgação


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