Surpresa, indignação e preocupação com o futuro foram sentimentos manifestados por expositores da Feira do Mineirinho diante da notícia de que terão que deixar o espaço até o Natal, por decisão da concessionária que assumiu o estádio em 2022. Em audiência pública que discutiu a situação nesta terça-feira (19/12/23), eles reivindicaram a prorrogação desse prazo e a definição de uma nova área para abrigar a feira.
O deputado Carlos Henrique (Republicanos), que pediu a audiência, sugeriu que seja realizada uma rodada de negociação urgente entre a concessionária e feirantes, intermediada pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), que foi representada na audiência e se dispôs a viabilizar o encontro.
A audiência foi realizada na Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para buscar um entendimento que não prejudique a feira – realizada no Mineirinho (Estádio Jornalista Felipe Drummond), na Pampulha, há mais de 20 anos – e a renda de seus expositores.
“Criei dois filhos na feira, cadê o nosso 13º salário, é isso que dão pra gente de Natal, a saída do Mineirinho? Isso é coisa desumana“, disse Vanessa Cevidanes, feirante.
Prorrogação até o Carnaval
O deputado Carlos Henrique manifestou confiança de que um entendimento entre as partes viabilize a prorrogação do prazo para que a feira deixe o Mineirinho e defendeu que os feirantes possam ficar no local pelo menos até o Carnaval, lembrando que turistas de todo o País vêm para Belo Horizonte nessa época, trazendo mais renda para os feirantes.
Já o presidente da Fenacouros, a Feira de Malhas, Couros e Variedades, William Martins, defendeu que a feira permaneça no Mineirinho pelo menos até 18 de fevereiro, por ser essa a data em que vence o contrato atual que a Fenacouros tem com fonecedores de equipamentos e também com os expositores.”Isso para não haver uma ruptura e para que tudo seja menos traumático”, defendeu.