A decisão do governador Romeu Zema de propor, por meio de Proposta de Emenda à Constituição (PEC), o fim da exigência de referendo para a venda de empresas controladas pelo Estado foi criticada em Plenário durante a Reunião Ordinária realizada nesta quarta-feira (23/8/23) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Entre outros assuntos, os parlamentares comentaram questões relativas ao transporte público, aborto, redução da população de municípios, moradia popular e combate ao feminicídio.

As críticas à intenção do governador de alterar a Constituição para facilitar privatizações de empresas do Estado partiram do deputado Professor Cleiton (PV).

Professor Cleiton criticou sobretudo a ideia defendida pelo governador de privatização da Cemig. Ele afirmou que, em Goiás, um hospital filantrópico chegou a ter sua energia cortada pela empresa que havia sido privatizada.

O deputado também rebateu o argumento de que a venda da Cemig seria necessária para que a dívida do Estado com a União seja paga. “Apresentei a alternativa de federalização da Cemig, que foi apoiada pelo próprio líder do Governo na Assembleia”, declarou.

“O governador teve a audácia de enviar esta proposta e também outra para diminuir o quórum qualificado para aprovação desse acinte, desse crime contra o povo de Minas. A Casa do Povo terá coragem de retirar do povo a prerrogativa desse mesmo povo de escolher o que será feito com seu patrimônio?”, disse o deputado Professor Cleiton.


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