O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, avaliou que a relação do STF com o Executivo em 2023 mudou “da água para o vinho” e que viveu período sem igual de ataques durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

O ministro relembrou uma série de ataques sofridos pelo STF e falou que a relação com o Executivo hoje é de “normalidade”, em entrevista a Abílio Diniz, na CNN Brasil.

Mendes declarou ainda que nem no período de ditadura militar a relação do STF com o Executivo foi tão difícil. O ministro também classificou o período como “traumático”.

Eu acho que nem na ditadura, que atacou o tribunal fazendo aposentadoria de juízes, mas nenhum ataque dessa dimensão, portanto foi algo realmente singular.Gilmar Mendes, ministro do STF sobre o governo Bolsonaro.

O decano também voltou a defender que o ex-presidente Jair Bolsonaro tem responsabilidade política “inequívoca” nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, em entrevista ao programa Roda Viva, exibida ontem.

Gilmar defendeu que “é preciso julgar para depois condenar” Bolsonaro, ao se manifestar sobre se o ex-presidente seria o mentor intelectual da movimentação golpista.

“Nós tivemos ataques diretos ao Supremo Tribunal Federal desde aquelas primeiras domingueiras de 2019 e nos últimos setes de setembro, nós tivemos aquelas megamanifestações, xingatórios, então, hoje nós temos uma relação de normalidade”, afirmou Gilmar Mendes à CNN.


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