A presidente nacional do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann rebateu as críticas à entrada do MST (Movimento dos Sem Terra) na nova versão do Conselhão – grupo consultivo com expoentes da sociedade civil e do empresariado criado no primeiro governo do presidente Lula e retomado nesta gestão.
Gleisi usou as redes sociais para rebater as críticas à entrada do MST no Conselhão. O movimento é um dos principais alvos da extrema-direita desde a posse de Lula, sendo alvo de diversas notícias falsas.
No sábado (29), o MST aceitou o convite. O movimento é alvo de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) criada na Câmara dos Deputados, articulada e liderada pela oposição.
“Que história é essa de questionar a participação do MST no Conselhão? É o maior movimento social organizado no Brasil e quem sabe no mundo. Representa boa parte da agricultura familiar e camponesa! Coloca comida no prato do povo. Parte do agronegócio brasileiro está mostrando prepotência e radicalismo, partidarizando o setor. Isso é ruim para o Brasil e para o próprio setor”, disse Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT.
“Que história é essa de questionar a participação do MST no Conselhão? É o maior movimento social organizado no Brasil e quem sabe no mundo. Representa boa parte da agricultura familiar e camponesa! Coloca comida no prato do povo. Parte do agronegócio brasileiro está mostrando?”, publicou Gleisi Hoffmann no twitter.
O que é o Conselhão?
O grupo serve para dar sugestões ao presidente da República. Ele é composto por representantes de vários segmentos da sociedade civil, incluindo representantes de áreas como economia, educação, inovação, saúde, entre outros.
Esses conselheiros prestam assessoria direta a Lula em todas as áreas de atuação do governo. Esta é a principal diferença para outros conselhos, focados em uma área específica.
O Conselhão foi criado por Lula em 2003 e extinto por Jair Bolsonaro. Os conselheiros são escolhidos pelo presidente e não são remunerados pela participação.
A CPI foi articulada por integrantes da bancada ruralista, que são antagonistas históricos do MST. As assinaturas para criar a CPI foram coletadas após o chamado abril vermelho, período em que o movimento ampliou as ocupações de propriedades e sedes do Incra.
O movimento diz que só ocupou fazendas improdutivas as quais, pela legislação, podem ser desapropriadas para assentar famílias. O governo minimiza a CPI; no sábado, o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) afirmou que não há “fato determinado” para a instauração da comissão.