O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia que as investigações sobre o atentado ocorrido em Brasília, na última quarta-feira (13), estão avançando rapidamente. Segundo o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, o autor das explosões, Francisco Wanderley Luiz, possivelmente contava com uma “retaguarda” e agiu de forma premeditada.
Pimenta destacou que as investigações já revelaram elementos importantes, como o aluguel de um trailer no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados, artefatos enterrados na Praça dos Três Poderes e postagens suspeitas em redes sociais. Além disso, afirmou que o episódio não pode ser tratado como fato isolado, mas como parte de um contexto maior, mencionando a presença do autor do atentado em acampamentos golpistas no início de 2023.
O ministro descartou a hipótese de suicídio, apoiando-se em imagens de câmeras de segurança, e classificou o atentado como um ato de terrorismo. Pimenta também se posicionou contra a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, alegando que a impunidade apenas incentiva novos ataques contra a democracia.
O ministro Alexandre Padilha reforçou a conexão entre o atentado e os atos golpistas, destacando que o episódio dificulta as tentativas de anistia aos responsáveis e fortalece a necessidade de punição rigorosa. Segundo ele, o evento do G-20 no Rio será uma demonstração da capacidade brasileira de promover debates democráticos, mesmo diante de ataques antidemocráticos.