O Governo de Minas revogou nesta quarta-feira (7) a resolução 68/2022, que, segundo enfermeiros e técnicos dos hospitais estaduais, retirava o direito das mães, com filhos especiais, de cumprir horário especial. Decisão foi publicada no Diário Oficial do estado.
A medida atende a uma das reivindicações da categoria, mas não foi suficiente pata suspender a greve que acontece desde segunda-feira (5).
Os trabalhadores em saúde também querem a revogação da resolução que aumenta a carga horária e altera a jornada de trabalho. Ambas as medidas passaram a valer no dia 1º de junho depois de serem suspensas.
Em nota, o governo disse que revogou a resolução 68 em decorrência de estudos feitos neste período. “Chegou-se ao entendimento jurídico da possibilidade de aplicação de conceitos mais contemporâneos e inclusivos sobre o tema”.
A Secretaria de Estado de Planejamento de Minas Gerais (Seplag) disse ainda que o governo “é sensível às reivindicações e mantém diálogo aberto com os servidores estaduais, pais e mães de pessoas com deficiência”.
Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhdores da rede Fhemig (Sindipros), Carlos Augusto dos Passos Martins, a medida é positiva mas não resolve o maior problema: o aumento da carga horária dos servidores.
“O Governo de Minas nem nos comunicou previamente sobre essa mudança, e ainda sim, ela não resolve a razão do movimento. Queremos a revogação da outra resolução, por isso, a greve continua”, diz.
Ainda nesta quarta-feira, a situação será discutida entre o governo e parlamentares que estão intermediando as negociações.
A reportagem procurou o Estado sobre as demais reivindicações dos trabalhadores. mas até a conclusão desta reportagem, não houve retorno.