O Ministério da Fazenda anunciou que, a partir de outubro, irá suspender as atividades das empresas de apostas que ainda não solicitaram autorização para operar, conforme uma portaria publicada no Diário Oficial nesta terça-feira (17). De acordo com a portaria, entre outubro e o final de dezembro, apenas as empresas de apostas de quota fixa, como as apostas esportivas, que já estão em operação e solicitaram autorização até a última segunda-feira, poderão continuar funcionando.

O Ministério informou que até dezembro deve concluir a análise dos primeiros pedidos de autorização. A partir de 1º de janeiro de 2025, quando será oficialmente iniciado o mercado regulado de apostas no Brasil, somente as empresas que estiverem em conformidade com as leis e portarias de regulamentação criadas pela Fazenda poderão atuar no país.

Antes disso, ainda este ano, as empresas aprovadas terão que pagar uma outorga de R$ 30 milhões para iniciar suas operações. A partir de janeiro, essas empresas também deverão cumprir todas as regras relacionadas ao combate à fraude, à lavagem de dinheiro, à publicidade abusiva, entre outras exigências.

A partir de outubro, as empresas que não solicitaram autorização por meio do Sistema de Gestão de Apostas do Ministério da Fazenda (Sigap) serão classificadas como ilegais até que obtenham a devida autorização”, informou o Ministério em nota oficial.

As empresas que já solicitaram a autorização, mas ainda não começaram a operar, precisarão aguardar até janeiro para iniciar suas atividades, desde que obtenham a liberação do Ministério e cumpram todos os requisitos estabelecidos.

Em declaração, o secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, Regis Dudena, destacou a importância de regulamentar o mercado de apostas para evitar fraudes e proteger os apostadores. “Nos últimos tempos, diversas operações policiais têm revelado a atuação criminosa de empresas no mercado de apostas. Decidimos não esperar até janeiro para agir, e assim começamos a separar as empresas legais das ilegais. Nosso objetivo é proteger a saúde mental, financeira e física dos apostadores, coibindo empresas que usam as apostas esportivas e os jogos online para cometer fraudes e lavagem de dinheiro”, afirmou Dudena na nota.

 

 


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