Nesta terça-feira, 27, os servidores do Tesouro Nacional e da Controladoria-Geral da União (CGU) realizaram uma greve de 24 horas, após rejeitarem definitivamente a proposta salarial do governo. A paralisação já está gerando impactos significativos, incluindo o adiamento de divulgações importantes. O resultado do governo central e os números da Dívida Pública Federal de julho, que seriam divulgados esta semana, foram postergados.

De acordo com o Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon Sindical), essa é a quarta semana consecutiva em que a categoria realiza um dia de greve, além da implementação de uma operação-padrão.

No Tesouro, a greve afetou a divulgação do Relatório do Tesouro Nacional (RTN), que apresenta as contas do governo central, além do Relatório Mensal da Dívida e do Balanço do Tesouro Direto. Também foram impactados os repasses de recursos para programas como o Programa de Financiamento às Exportações (Proex) e o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o que pode dificultar novas concessões de crédito por bancos.

Na CGU, a paralisação comprometeu o cumprimento de prazos para promover mudanças no Portal da Transparência, especialmente em relação ao acesso simplificado a informações sobre emendas de comissão e de relator, além do prazo para auditoria dessas emendas, conforme determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino.

O sindicato destaca que, além da greve, os servidores continuam pressionando pela publicação das exonerações a pedido. Mais de 500 chefes, coordenadores-gerais, diretores e superintendentes já entregaram seus cargos, com o Tesouro registrando mais de 70% de adesão. A categoria exige a abertura de uma negociação efetiva com o Ministério da Gestão.


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