Uma greve geral organizada pela Histadrut, principal central sindical de Israel, paralisou diversos setores do país nesta segunda-feira, em um esforço para pressionar o governo de Benjamin Netanyahu a negociar um cessar-fogo que garanta a libertação de reféns mantidos pelo Hamas na Faixa de Gaza. A greve aconteceu um dia após grandes manifestações eclodirem nas ruas de Israel, desencadeadas pela descoberta dos corpos de seis reféns mortos em Gaza, conforme anunciado pelo Exército israelense no sábado.
A greve afetou várias regiões, incluindo Tel Aviv e Haifa, onde escolas ficaram fechadas e serviços de transporte público foram parcialmente interrompidos. No Aeroporto Ben-Gurion, companhias aéreas suspenderam decolagens por duas horas, gerando longas filas de passageiros. A paralisação foi interrompida após uma ordem judicial, mas não sem causar impactos significativos.
Líderes sindicais encerraram a greve às 14h30, três horas antes do previsto, após uma decisão da corte trabalhista de Tel Aviv que afirmou que a Histadrut não havia dado aviso prévio suficiente sobre a greve. O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, comemorou a decisão, afirmando que o governo não permitiria que a economia israelense fosse prejudicada.
As manifestações e a greve geral refletem a crescente pressão sobre Netanyahu para chegar a um acordo que recupere os reféns ainda em Gaza, mesmo que isso envolva concessões significativas. No entanto, o governo israelense enfrenta resistência interna, com membros como o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, se opondo a qualquer cessar-fogo com o Hamas.
A crise reflete o dilema do governo israelense entre resgatar reféns e manter sua posição militar e política na região, enquanto a sociedade israelense continua a expressar sua frustração e exigir ação imediata.