O Hezbollah lançou drones explosivos em uma base do Exército no Norte de Israel nesta terça-feira (9), declarando que o ataque faz parte de sua resposta aos recentes assassinatos israelenses no Líbano. Fontes relataram três combatentes do Hezbollah mortos em ataque israelense.
O grupo disse que seus drones atingiram o quartel-general do Exército israelense em Safed como parte da retaliação pelo assassinato, na semana passada, do vice-líder do Hamas, Saleh al-Arouri, em Beirute, e em resposta ao assassinato de um comandante do Hezbollah nessa segunda-feira.
Fonte familiarizada com as operações do Hezbollah informou que foi a primeira vez que o grupo atacou Safed, a cerca de 14 km da fronteira, durante as hostilidades que começaram há três meses, depois que o Hamas atacou Israel a partir da Faixa de Gaza.
Um porta-voz do Exército israelense declarou que uma base no norte foi atingida em ataque aéreo, mas não houve danos ou vítimas. O porta-voz não disse exatamente onde o incidente ocorreu.
Mais de 130 combatentes do Hezbollah foram mortos no Líbano durante as hostilidades com Israel, no pior confronto entre eles desde que entraram em guerra em 2006. A violência forçou dezenas de milhares de pessoas a fugirem de suas casas em ambos os lados da fronteira e levantou a preocupação de que o conflito possa se intensificar e espalhar ainda mais.
Os três combatentes do Hezbollah morreram hoje em um ataque a seu veículo na cidade de Ghandouriyeh, no Sul do Líbano, disseram as fontes, sem identificá-los.
Em comunicado, os militares israelenses disseram que sua Força Aérea atacou alvos do Hezbollah em Kila – uma referência ao vilarejo fronteiriço libanês de Kfar Kila – e um esquadrão de drones pertencente ao grupo, em outro lugar no Sul do Líbano.
O comandante do Hezbollah morto na segunda-feira, Wissam Tawil, era das forças de elite Radwan do Hezbollah e o oficial mais graduado do grupo morto até agora no conflito. Ele desempenhava papel de liderança na direção de suas operações no Sul.
O vice-líder do Hezbollah, Naim Qassem, em discurso transmitido pela televisão, afirmou que seu grupo não quer expandir a guerra a partir do Líbano, “mas se Israel expandir, a resposta será inevitável na medida máxima necessária para detê-lo”.