A taxa média de desemprego no Brasil em 2023 foi de 7,8%, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua. Este índice representa o menor patamar desde 2014, quando a taxa foi de 7%. A análise do IBGE também revela uma desaceleração em relação a 2022, ano em que a taxa média de desemprego atingiu 9,3%.
O resultado anual indica uma tendência de recuperação no mercado de trabalho, confirmando a trajetória iniciada em 2022 após os impactos da pandemia de Covid-19. A população desocupada média em 2023 foi de 8,5 milhões de pessoas, representando uma redução significativa de 17,6% em comparação ao ano anterior, que registrou 10,2 milhões de desempregados.
A população ocupada média atingiu o recorde de 100,7 milhões de pessoas em 2023, refletindo um aumento de 3,8% em relação a 2022. O nível de ocupação, que representa a porcentagem de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, alcançou 57,6% em 2023, registrando um incremento de 1,6% em relação ao ano anterior.
No que diz respeito ao tipo de emprego, os trabalhadores com carteira assinada apresentaram um aumento de 5,8%, atingindo uma média de 37,7 milhões de pessoas, representando 73,8% dos empregados do setor privado. Por outro lado, os empregados sem carteira assinada no setor privado totalizaram 13,4 milhões, marcando um crescimento de 5,9%. O número de trabalhadores domésticos também registrou aumento, atingindo 6,1 milhões, representando uma alta de 6,2%.
Os trabalhadores informais alcançaram uma média de 39,4 milhões, com uma taxa de informalidade de 39,2%. A população desalentada, por sua vez, teve uma média de 3,7 milhões de pessoas, apresentando uma redução de 12,4%.
Além disso, o rendimento médio real habitual teve um aumento de 7,2% em 2023, chegando a R$ 2.979. Após dois anos de queda, este valor representa o patamar mais elevado desde 2020, quando a pandemia de Covid-19 provocou distorções nas estatísticas de renda. A massa de rendimento real habitual foi estimada em R$ 295,6 bilhões, registrando um aumento de 11,7% em comparação ao ano anterior.
No último trimestre de 2023, a taxa de desocupação foi de 7,4%, indicando uma redução de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. Com estes resultados, o Brasil atingiu o menor contingente de desocupados em números absolutos desde o trimestre encerrado em março de 2015. A população ocupada atingiu o recorde de 101 milhões de pessoas, marcando um crescimento de 1,1% em relação ao trimestre anterior e de 1,6% no acumulado do ano.