Em uma iniciativa para aprimorar a gestão de unidades de conservação, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) lançou o Sistema Vellozia. Essa ferramenta interativa foi desenvolvida para fornecer uma visão detalhada e estratégica do monitoramento das áreas atingidas por fogo nas unidades de conservação federais.

Uma das principais funcionalidades do sistema é a visualização de focos de calor em tempo real, com dados atualizados a cada 48 horas. Essa atualização constante permite um monitoramento imediato e eficaz das áreas vulneráveis, fornecendo subsídios para decisões rápidas e precisas.

Além disso, o Sistema Vellozia tem capacidade de análise de cicatrizes de queimadas, possibilitando a classificação dessas cicatrizes e o acompanhamento de sua sazonalidade mês a mês. Com uma interface intuitiva, a ferramenta oferece filtros dinâmicos que permitem consultas específicas por Unidade de Conservação, Bioma, Coordenação Regional e Gerência Regional, oferecendo flexibilidade e profundidade na busca de informações relevantes.

O sistema também possibilita sobrepor camadas de dados de embargos e autos de infração, integrando informações relevantes para a gestão ambiental. Para uma visão ainda mais detalhada, o sistema oferece a opção de selecionar entre imagens de satélite das coleções Sentinel-2 e do mosaico mensal Planet, garantindo uma precisão maior na análise espacial e temporal das áreas impactadas.

A escolha do nome ‘Vellozia’ homenageia o gênero botânico da canela-de-ema, planta símbolo do Cerrado brasileiro e conhecida por sua resistência e resiliência ao fogo e capacidade de se regenerar após incêndios. Com caule espesso e casca fibrosa, a canela-de-ema protege seus tecidos das chamas e simboliza a força do Cerrado em enfrentar condições adversas.

A plataforma representa um passo importante no fortalecimento das estratégias de monitoramento de incêndios e conservação dos ecossistemas brasileiros, sendo como uma ferramenta essencial para a preservação ambiental e a transparência na gestão das unidades de conservação federais.

Foto: Fernando Tatagiba/ICMBio


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