Após encerrar 2021 com elevação de 9,63%, a inflação em Belo Horizonte subiu novamente em janeiro. No primeiro mês de 2022, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou uma variação positiva de 2%, ampliando para 10,79% a alta registrada nos últimos 12 meses. O incremento veio, principalmente, do empregado doméstico, com avanço de 10,18%, e do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), cujo reajuste ficou em 10,42%.

O gerente de Pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), Eduardo Antunes, explica que a alta na inflação de janeiro já era esperada. A elevação de 2% foi a maior para o mês desde 2017.

“A alta da inflação de janeiro já é esperada pelo mês, tradicionalmente, ser marcado por reajustes em impostos, salário mínimo, entre outros. Este ano, ainda teve um imposto a menos no mês, o IPVA, que será cobrado a partir de março. Porém, as demais influências apresentaram variações muito expressivas.

A inflação alta de 2021 também impactou uma vez que o índice é utilizado para vários reajustes. No mês, os maiores impactos vieram dos custos com empregado doméstico, pelo reajuste do salário mínimo, IPTU, que é balizado pela inflação do ano anterior, e educação, que subiu bastante, com destaque para ensino fundamental”, disse.

Conforme os dados divulgados pelo Ipead, ao longo de janeiro, dentre os 11 itens que compõem o IPCA, os maiores destaques, em termos de variação, foram as altas de 10,25% para Alimentos in natura, 3,08% para Despesas pessoais, 2,7% para Artigos de residência, 2,54% para Transporte, Comunicação, Energia Elétrica, Combustíveis, Água e IPTU e 1,21% para Saúde e cuidados pessoais.

“No caso dos alimentos in natura, apesar da alta, o impacto não é muito grande na composição do IPCA. A variação ocorreu em função das fortes chuvas, que comprometeram a produção e até mesmo o transporte de hortifrútis, que ficaram bem mais caros”, explicou.No mês, somente o grupo de Bebidas em bares e restaurantes apresentou queda, de 1,71%.

Fonte: Diário do Comércio