A Polícia Federal (PF) concentra esforços na investigação do atentado a bomba ocorrido na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na noite de quarta-feira (14). O foco é identificar possíveis conexões do autor, Francisco Wanderley Luiz, e esclarecer se ele agiu sozinho ou recebeu apoio financeiro e logístico. A análise do celular encontrado junto ao corpo e o trajeto do autor até o momento da explosão estão entre os principais pontos investigados.
De acordo com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, há fortes indícios de que o ataque foi planejado. Francisco estava em Brasília desde julho, alugando um imóvel em Ceilândia (DF) e um trailer próximo à Câmara dos Deputados. Na noite do atentado, o autor utilizou explosivos e se suicidou em frente ao STF.
A PF também investiga a relação de Francisco com atos golpistas de 8 de janeiro e possíveis ligações com grupos extremistas. Em sua casa, agentes encontraram explosivos, mensagens escritas no espelho com referências a Débora Rodrigues, envolvida nos atos de vandalismo contra o STF, e indícios de radicalização.
O diretor-geral da PF descartou a tese de que Francisco agiu como “lobo solitário”, sugerindo uma possível conexão com ideologias ou grupos extremistas. O caso é tratado como terrorismo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, sob sigilo na divisão de antiterrorismo.