O general e ex-ministro de Jair Bolsonaro, Walter Braga Netto, esteve muito próximo de ser preso, segundo declarações de um investigador da Polícia Federal (PF). “Por muito, mas muito pouco”, afirmou o investigador, ao comentar o envolvimento do militar em uma reunião em Brasília no final de 2022, onde, de acordo com a PF, foi discutido um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Braga Netto foi indiciado pela PF nesta quinta-feira (21), no relatório enviado ao STF. Após a divulgação das provas, o general adotou uma postura discreta e deixou de atender ligações. Um aliado comentou: “Quem anda sozinho acaba sozinho”, indicando o isolamento do ex-ministro após os indiciamentos.

O relatório da PF, que possui mais de 800 páginas, será analisado pelo ministro Alexandre de Moraes antes de ser enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR) na próxima semana. A decisão de apresentar ou não denúncia contra os indiciados caberá ao procurador-geral Paulo Gonet. Se aceita pelo STF, a denúncia transformará os investigados, incluindo Bolsonaro e outras 36 pessoas, em réus.

O julgamento do caso pode ocorrer ao longo do próximo ano, consolidando as investigações sobre os supostos planos de golpe e outros crimes atribuídos aos envolvidos.

Foto: Secom/PR


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