As Forças Armadas de Israel lançaram um ataque de grande escala contra o que foi descrito como o quartel-general central do Hezbollah em Beirute. O alvo era um bunker subterrâneo localizado em uma área residencial no sul da capital libanesa, segundo informações dos militares israelenses.

O ataque resultou em explosões massivas, que destruíram seis edifícios, deixando dois mortos e 76 feridos, de acordo com o Ministério da Saúde do Líbano. O porta-voz militar de Israel, almirante Daniel Hagari, não confirmou se Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, estava presente no local. Relatos da imprensa israelense sugerem que ele era o principal alvo da operação, mas há controvérsias sobre o que realmente ocorreu.

Esse ataque marca um momento crítico no conflito entre Israel e o Hezbollah, uma semana após Israel declarar “fim da paciência” com os ataques do grupo libanês em apoio ao Hamas na Faixa de Gaza. O Irã, aliado do Hezbollah e do Hamas, prometeu retaliar, classificando a ação israelense como uma “grave escalada que muda as regras do jogo”.

Poucas horas após o ataque, sirenes de alerta começaram a soar no norte de Israel, indicando o lançamento de ao menos 65 foguetes pelo Hezbollah. O ataque ocorreu logo após o discurso do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, na Assembleia-Geral da ONU, onde ele reafirmou sua intenção de derrotar o Hamas e continuar as ações contra o Hezbollah.

Localizado em Dahiyeh, uma das áreas mais densamente povoadas de Beirute, o QG do Hezbollah é considerado por Israel o “epicentro do terror”. O ataque utilizou munições projetadas para penetrar bunkers, indicando um ataque cirúrgico.

O incidente ocorreu em meio a crescentes tensões no Oriente Médio, com a possibilidade de uma invasão israelense ao sul do Líbano.


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