A Justiça Federal concedeu liberdade, nesta terça-feira (5), a dois homens presos por suspeita de envolvimento com o grupo libanês Hezbollah. A decisão, da 2ª Vara Criminal Federal de Belo Horizonte, atende a um pedido da Polícia Federal, que também solicitou a conversão de outras duas prisões temporárias para preventivas.
No dia 8 de novembro, a PF lançou a “Operação Trapiche”, após receber um memorando do escritório do FBI – serviço de inteligência do governo americano – no Brasil. Com data de 13 de outubro, o documento:
afirmava que dois brasileiros, um de origem libanesa e outro, síria, tinham conexões com terroristas na América Latina, Europa e no Oriente Médio;
levantava suspeitas sobre outros três brasileiros que teriam viajado ao Líbano recentemente.
“Considerando a rotina, situação financeira e falta de conexão com o Líbano, estas viagens atípicas são muito semelhantes ao modus operandi usado por organizações terroristas”, dizia o comunicado do FBI.
Depois de 30 dias de investigação, a PF pediu à Justiça que dois brasileiros que viajaram ao Líbano fossem soltos. O Ministério Público Federal (MPF) concordou, e a juíza Raquel Vasconcelos Alves de Lima expediu os alvarás de soltura nesta terça.
No entanto, um inquérito continua em andamento para apurar o vínculo deles com o Hezbollah. Já os brasileiros de origem libanesa e síria são considerados foragidos no exterior.