O presidente Lula (PT) chegou a Xangai, na China, por volta das 11h30 (horário de Brasília), para participar da cerimônia simbólica de posse da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) no banco dos Brics.
Lula visita o país asiático até sábado (15). Amanhã (13), ele parte para Pequim, onde se encontrará com o presidente chinês, Xi Jinping, na sexta (14).
O evento com Dilma ocorrerá amanhã. Com a ex-presidente à frente do NDB (Novo Banco do Desenvolvimento) desde o fim de março, a cerimônia foi adiada para esperar a vinda do presidente. Sua viagem original foi suspensa devido a uma pneumonia.
No sábado, ele viaja para Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, onde passa um dia antes de retornar ao Brasil.
Lula foi recebido no aeroporto pela ex-presidente e pelo vice-ministro das Relações Exteriores da China, Xie Feng. O avião pousou por volta das 22h30, no horário local (11h30 em Brasília), e a comitiva seguiu para o hotel.
A comitiva tem mais de 40 pessoas. Junto a Lula, foram:
5 ministros
5 governadores
7 senadores, incluindo o presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG)
20 deputados
Amanhã vai ser um momento especial, então nós guardamos tudo para amanhã. [A expectativa é] muito grande, muito desafiador, afirmou Dilma Rousseff, à imprensa, ao chegar ao hotel
O presidente fará uma passagem rápida, mas intensa, pelo país asiático. Para esses três dias, estão previstos encontros com setores de comunicação, agronegócio, indústria e comércio.
Em Xangai, ele deverá visitar ainda a fábrica da tecnológica Huawei, junto ao ministro das Comunicações, Juscelino Filho. Os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Carlos Fávaro (Agricultura) também têm encontros próprios.
O grande evento ocorre na sexta, com a visita ao Grande Palácio do Povo, em Pequim, para encontrar Xi Jinping. Com fortalecimento das relações econômicas —abaladas durante a gestão Jair Bolsonaro (PL)— como foco principal, os dois deverão debater ainda:
Aumento do investimento mútuo dos dois países;
Estímulo ao desenvolvimento sustentável;
Guerra da Ucrânia;
Diminuição de barreiras no agronegócio.
Dilma se mudou para Xangai e já começou a despachar à frente do banco no final de março.
A instituição foi criada em 2014 pelos cinco países que compõe o bloco econômico Brics: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O acordo para essa criação foi assinado em Fortaleza, tendo Dilma como anfitriã.
O principal objetivo da instituição é financiar projetos de infraestrutura e sociais nos chamados países em desenvolvimento. Uma das críticas feitas a ele é, no entanto, que os países não se empenham para o seu fortalecimento.
Dilma foi eleita neste ano, por voto unânime dos responsáveis econômicos dos cinco países que formam o bloco, somado aos novos representantes (Bangladesh, Emirados Árabes Unidos, Egito e Uruguai). A eleição é considerada mera formalidade, dado que a vaga já caberia ao Brasil até 2025.