O presidente Lula foi liberado para realizar viagens curtas após novos exames de imagem no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, realizados na manhã deste domingo (3). A primeira viagem confirmada será ao Rio de Janeiro, entre os dias 18 e 19 deste mês, onde Lula participará da cúpula do G20, bloco presidido atualmente pelo Brasil.

O boletim médico informou que o presidente “permanece sem sintomas e o exame apresenta estabilidade em relação aos anteriores, devendo manter suas atividades habituais.” Segundo a equipe médica, uma nova avaliação será realizada em uma semana, mantendo-se apenas o acompanhamento clínico. Os cuidados estão sendo conduzidos pela equipe liderada pelos médicos Roberto Kalil Filho e Ana Helena Germoglio.

Após os exames realizados no dia 31 de outubro, Lula decidiu cancelar sua viagem a Lima, onde participaria da cúpula da Apec (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico), para se concentrar nas atividades do G20. A decisão aconteceu após o presidente sofrer um acidente doméstico no dia 19 de outubro, quando se desequilibrou ao cortar as unhas do pé e caiu, batendo a cabeça. O incidente resultou em seis pontos na nuca e uma pequena hemorragia.

Na última quinta-feira (31), Lula passou por uma nova série de exames, que também indicaram um quadro estável. Na segunda-feira (28), ele retirou os pontos que havia recebido na cabeça. Mesmo com o acompanhamento médico, o presidente tem cumprido normalmente sua agenda de trabalho, participando de reuniões com ministros e aliados.

Durante a semana, Lula liderou uma reunião com governadores para discutir a PEC da Segurança Pública, realizada na quinta-feira, e, no dia anterior, fez sua primeira aparição pública após a retirada dos pontos, participando de um evento no Palácio do Planalto voltado ao setor industrial. Também esteve presente, na semana anterior, na cerimônia de assinatura do acordo de indenização às vítimas da tragédia de Mariana (MG).

Por conta do acidente, Lula cancelou algumas viagens internacionais previamente programadas. Entre os compromissos adiados estão a cúpula dos Brics em Kazan, na Rússia, e viagens à Colômbia e ao Azerbaijão. Segundo o Planalto, o cancelamento dessas viagens foi motivado tanto pelas orientações médicas, que desaconselharam voos longos, quanto pela necessidade de priorizar as atividades do G20, dada a presidência brasileira do bloco.

Foto: Ricardo Stuckert / PR

 


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