O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu alta hospitalar do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, neste domingo, 15, conforme comunicado da equipe médica que o acompanha. Durante coletiva, os profissionais explicaram que o presidente deve permanecer em sua residência, também na capital paulista, até quinta-feira, 19, para monitoramento da saúde e avaliação da cicatrização da cirurgia a que foi submetido.

Na coletiva, Lula detalhou o incidente que o levou ao hospital. Ele revelou que estava cortando as unhas em outubro, quando sofreu uma queda que resultou nos problemas de saúde enfrentados nesta semana. “Achei que estava curado, voltei a fazer esteira, musculação, mas eu não estava totalmente liberado”, comentou. O presidente ainda relatou dores de cabeça intensas desde domingo, 8, antes de ser internado na segunda-feira, 9.

Lula se emocionou ao falar sobre a tomografia realizada após as dores de cabeça. “Quando os médicos analisaram a tomografia, ficaram preocupados e pediram que eu viesse imediatamente a São Paulo. Confesso que fiquei assustado, achava que estava totalmente recuperado”, disse o presidente.

Além de comentar sobre sua saúde, Lula também abordou a prisão do general Walter Braga Netto. Ele defendeu a presunção de inocência, mas destacou que, se comprovada a culpa, espera punição rigorosa. “O que eu não tive, quero que ele tenha. Mas, se fizeram o que acham que fizeram, quero que sejam punidos severamente”, afirmou.

O presidente passou por uma tomografia de controle neste domingo e realizará um novo exame na quinta-feira. Segundo os médicos, ele está estável, caminhando normalmente e apresentou um pós-operatório dentro do esperado. Lula poderá retomar atividades no Executivo nos próximos dias, mas com restrições físicas por 15 dias. Ele continua apto para reuniões e despachos.

Internado desde o dia 9, o presidente passou por dois procedimentos médicos na cabeça, decorrentes de uma queda no banheiro do Palácio da Alvorada, em outubro.

 

Foto: Zanone Fraissat