O governo quer anunciar, logo após o carnaval, uma nova rodada de saque do FGTS, que poderia, pelos estudos até o momento, liberar a cada trabalhador a retirada de até R$ 1 mil de suas contas no fundo.

A medida pode beneficiar 40 milhões de trabalhadores e injetar R$ 30 bilhões neste ano eleitoral. A ideia foi antecipada na terça-feira pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

Para autorizar o novo saque, o governo quer editar uma Medida Provisória (MP). O valor a que cada trabalhador terá direito vai depender dos saldos das contas existentes e deverá ser limitado a até R$ 1 mil.

Após o anúncio da medida, a Caixa Econômica Federal vai efetuar o pagamento dentro de um cronograma, de acordo com o mês de nascimento dos trabalhadores.

Com a pandemia da Covid-19, a equipe econômica cogitou liberar um novo saque emergencial em 2021, mas não havia disponibilidade de recursos no FGTS. Essa situação melhorou devido às aplicações do Fundo em títulos públicos com a alta da taxa de juros básica da economia, a Selic.

Em dezembro de 2017, o ex-presidente Michel Temer autorizou o saque das contas inativas do FGTS. A medida beneficiou 25,9 milhões de trabalhadores que sacaram do Fundo R$ 44,4 bilhões.

Em julho de 2019, o presidente Jair Bolsonaro autorizou o saque imediato de R$ 500 por conta (ativa e inativa) do FGTS. A proposta também criou uma nova modalidade de saque no mês de aniversário do trabalhador. O saque imediato injetou R$ 28,1 bilhões na economia e beneficiou 60,4 milhões de trabalhadores.

Em abril de 2020, o presidente Jair Bolsonaro recorreu novamente ao FGTS, no bojo das medidas de enfrentamento da pandemia da Covid 19 e autorizou o saque emergencial do FGTS em valor equivalente ao salário mínimo (R$ 1.045), na época.

Para isso, o governo extinguiu o Fundo do Pis/Pasep e transferiu o saldo remanescente para o FGTS. O saque emergencial resultou em uma retirada de R$ 24,2 bilhões, beneficiando 31,7 milhões de trabalhadores.

Fonte: Portal G1