No mês de junho o mercado global de ETFs não obteve bons resultados. De acordo com dados recentes da ETFGI (Investment Company Institute), empresa independente de pesquisa e consultoria que cobre tendências no ecossistema global de ETFs, o ativo registrou US$ 45,94 bilhões de entradas líquidas, que como bem sabemos, são as aplicações menos saques. Valor este que é 42,78% abaixo do observado em maio.

Os ETFs são fundos de investimentos negociados em bolsa que replicam o desempenho de um índice de referência. Quando você compra um ETF, está comprando uma carteira diversificada.

Com os aportes de junho, as aplicações líquidas somaram US$ 463,81 bilhões nos últimos 12 meses. Com isso, o volume total aplicado em ETFs recuou 6,4% de maio para junho, para US$ 8,86 trilhões. Além de ter recebido menos dinheiro no mês passado, o mercado de ETFs também sofreu com a desvalorização dos índices, especialmente de renda variável , impactando em seu patrimônio líquido.

Em junho, o S&P fechou o mês em queda de 8,25%, os mercados desenvolvidos, com exceção das Bolsas americanas recuaram 9,94% e os mercados emergentes desvalorizaram 5,19%.

Até o fim de junho, a indústria global tinha 10.483 produtos diferentes aos investidores oferecidos por 644 administradores. Esses ETFs eram negociados em 80 Bolsas de 63 países.

Como está o mercado de ETFs no Brasil?

No fim do mês de junho, o número de pessoas físicas brasileiras com ETFs em seu portfólio permaneceu praticamente inalterado no comparativo com maio, registrando 535.701 investidores, segundo boletim mais recente da B3 . Por outro lado, a quantia de dinheiro aplicado caiu de R$ 9 bilhões para R$ 8 bilhões – seja por desvalorização, ou por resgates.

Com isso, a participação de pessoas físicas no volume sob custódia passou de 22,1% em maio para 20,1% no mês passado. No total, o mercado brasileiro de ETFs somava R$ 40,1 bilhões em patrimônio líquido, sendo que a maior parte (74,9%) é de aplicações de investidores institucionais.

Desse total:

R$ 27,33 bilhões estavam em ETFs de renda variável local;

R$ 8,7 bilhões em renda variável internacional;

R$ 4,07 bilhões em ETFs de renda fixa local.

Vale saber que a atualmente a Bolsa Brasileira possui 73 ETFs de renda variável listados e oito de renda fixa.


Paola Tito

editor